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Sobre

A exposição que agora se apresenta é uma viagem pela memória de um tempo em que a tecelagem tradicional no concelho de Oliveira do Hospital, principalmente em Aldeia das Dez e noutras aldeias dos vales dos rios Alvoco e Alva, era uma das economias familiares mais importantes.


É também uma viagem pela memória do tecelão e poeta popular Viriato Gouveia, que nos idos dos anos 40 do século XX, estava a II Grande Guerra em plena ebulição, então com a idade de 6 anos, começou a dar os primeiros passos num oficio que não mais voltaria a largar, enquanto o seu pai laborava nas Minas da Panasqueira, impossibilitado assim de se encostar à "çadoira", com os pés nas "peanhas" e manobrar a "lançadeira", de cá para lá, para que tapetes e mantas de fitas ficassem prontas para as muitas encomendas solicitadas.


Por fim, é também uma viagem pelos sentidos, com a visão e a audição em destaque, em que a beleza dos tapetes tradicionais é acompanhada pelos sons únicos do antigo tear do mestre tecelão Viriato Gouveia e das suas palavras sentidas e carregadas de história - as memórias de uma vida dedicada à tecelagem tradicional - acerca do seu ofício e da sua arte.


A Viriato Gouveia, que gentilmente cedeu parte do seu espólio para esta exposição, mas também pela sua dedicação a uma arte que ainda hoje teima em não deixar desaparecer, o nosso Muito Obrigado!


Afinal, como escreve o também poeta Viriato Gouveia:
"A Cultura é um edifício em construção permanente / Tem no passado raízes e no futuro o presente"

 

O Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital

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